segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Cuba sem Fidel

      Fidel Castro liderou a Revolução Cubana que derrubou o ditador Fulgêncio Batista em 1º de janeiro de 1959 e esteve no comando do país por 49 anos, até se afastar por problemas de saúde, em julho de 2006. Raúl Castro, irmão mais novo de Fidel, ficou no poder provisoriamente durante esse afastamento do presidente.
      Em 2008, Fidel renunciou seu cargo oficialmente, possibilitando que seu irmão o substituísse na presidência do país.
      Agora com Raúl Castro no poder muitos prevêem uma abertura de Cuba para o mundo e o fim do seu regime socialista. Para o próprio presidente cubano mudanças no regime do país encontram-se fora de discussão, e isso porque há ainda uma forte influência de Fidel na Ilha, pois mesmo com Raúl na presidência, Fidel continua a ser uma voz internacional poderosa em Cuba, por meio de colunas regulares que o ex-presidente escreve para jornais estatais.
      Podemos observar que mudanças em Cuba já estão ocorrendo e outras virão, isso é conseqüência do novo governo americano e seu atual posicionamento diplomático com a ilha. O governo de Obama em seu diálogo com Cuba colocou fim as restrições sobre viagens aos cidadãos americanos com parentes em Cuba e remessas que eles podem enviar à ilha. Outro detalhe importante, ocorrido em 2009, foi o fim da suspensão de Cuba na OEA (Organização dos Estados Americanos) após 47 anos.
      Mesmo que a renúncia de Fidel propicie uma boa oportunidade para que o regime democrático se instale em Cuba, observamos que se fazem necessárias mais mudanças norte-americanas sobre a ilha, já que ainda permanece intacto o embargo econômico, comercial e financeiro à Cuba, perseguindo quem comercializa com o país, e também persiste a injustificada inclusão de Cuba na lista dos países promotores do terrorismo. Enquanto não houver estas mudanças, o socialismo não será tema de diálogo em Cuba.
      Concluímos que há chances de mudanças no regime de Cuba, mas isso ainda demandará muito tempo e exigirá inúmeras mudanças, pois no momento não há nenhum sintoma na ilha, nem nos setores representativos e nem na vontade do povo de que o país possa retornar ao capitalismo.

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